segunda-feira, 5 de abril de 2010


A objectiva apontada para ti (o objectivo és tu), a aliança com  a máquina, o desejo de ver como ficou, o brilho nos olhos, as expressões, a confiança, a superioridade, o relaxamento, o poder.

amo isto, mais que muito

quarta-feira, 31 de março de 2010

Fico a achar do mundo algo inseguro - e quem me dera não o achar, voltar aos grandes tempos de infância e achar que apesar de haverem os "maus" esses seriam incapazes de se chegar a mim - fico a achar deste mundo algo que não se pode calcular nem acompanhar a um ritmo constante. Agora em todos os sítios há perigo, até na Igreja - agora até os padres violam crianças, abusam delas. O clero deveria ser um exemplo para a Humanidade (eu cá nunca acreditei em padres, sempre pensei que existia algo sinistro por trás daquelas vestimentas, daquelas rezas secas, daquelas falinhas mansas), deveria ser humilde como Jesus de Nazaré foi mas na verdade, o povo sempre viveu agarrado á fé - antes tudo era motivo de Deus, tudo era inexplicável, tudo metia medo, tudo era pecado, tudo servia de remorso - e fechava os olhos ao luxo do clero, ao abuso deles, pois eles eram os senhores da época, um padre era tal e qual um senhor de mais valia. E ai de quem lhes faltasse ao respeito!
Tantos séculos o povo enganado por esta ordem social e ainda hoje se vê disso - os meus avós não passam um sábado sem ir á missa - nas classes mais velhas. Sinceramente, acho que já nasceram com a ideia de que "ir á missa é uma obrigação", seus pais incutiram-lhes aquele hábito, de ser um cristão (bastante) católico. Mas eu olho á volta e é tudo uma treta, eles pedem dinheiro para dizer o nome de um falecido numa missa, eles pedem esmolas no meio duma missa (e que não me venham dizer que é para a santa), eles abusam nos confessionários, eles sabem que têm a faca e o queijo na mão. Mas o cúmulo foi esta polémica toda á qual assistimos diariamente, da violação de crianças. Fico parva, muito parva com a sociedade em que estou inserida. Agora nem os "exemplos a seguir" são dotados de dignidade e verdade. Quem hei-de eu admirar e seguir? (só a minha mãe)

segunda-feira, 29 de março de 2010


ainda lembro daquele sonho de beijo, aquela água pura toda correndo-me todos os cantos do meu corpo, aquela magia que davas ao simples facto de viver. ainda lembro todas as noites que nos beijavamos sem fim e me pedias para ficar contigo para sempre.
ainda lembro todos os meses que já passaram, neste abrigo que Deus me concedeu ao teu lado, deste mar sem ondas graves e devoradoras mas sim este mar calmo, com cheiro a rosas ainda frescas do orvalho, * (...)



o modelo ideal da mulher não se baseia na beleza do corpo nem na beleza de seus cabelos, a beleza é algo que nunca se conhece à primeira vista. é algo que se vai apreciando com calma, suavidade e paciencia descobrindo todos os dias uma forma de sorrir, de amar, de aprender.
quando a amizade é ouro e os olhos brilham quando com elas vou ter, quando rio e sei que nada do que diga será levado a mal no meio daquelas risadas de amor entre amigas de coração, mesmo que saia asneira ninguém vira a cara nem ninguém faz que não ouve. não há nada nelas que pareça estranho ou doloroso, não há nada de escuro nela e sei que elas não se vão embora se eu errar, se eu cair, se eu ficar sozinha ou desamada, assim como eu lhes dou a mão para sempre e as amo sem porquês nem comos. as minhas mulheres e grandes mulheres são elas e dando graças aos nossos momentos preciosos, á cara delas quando lhes conto aventuras, a sua magia é imensa por cada canto da alma, os seus dedos colhem ternura em cada mimo, os segredos são bem guardados nas suas almas, bondade e amor e luz


a entrega por vezes acaba por transformar-se num acto quotidiano, ao qual não conseguimos resistir e de tanto amar não vemos o que realmente pode acontecer, muitas acabam a chorar e sentem-se usadas, outras fazem-no por puro prazer, outras entregam-se por amor cego e outras entregam-se mas abstraem-se logo a seguir não deixando margem para ilusão